O documento
final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20, foi aprovado no último dia 22, sem alterações pelos chefes de Estado e
Governo e oficialmente adotado por mais de 190 países. O texto havia sido
finalizado na manhã do dia 19, depois de seis dias de discussões entre os
negociadores.
O documento
traz compromissos como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (Pnuma), a criação de um Fórum Político de Alto Nível
Internacional e o desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza, entre
outros.
Ao final da
conferência, Bolívia e Equador fizeram ressalvas a alguns pontos do documento,
como a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis. Ambos disseram que não
vão aceitar qualquer monitoramento externo a suas políticas energéticas
internas. A Bolívia também disse rechaçar o conceito de economia verde que,
para o governo, é o mesmo que mercantilizar a natureza.
A Santa Sé,
que representa a Igreja Católica e o Estado do Vaticano, fez ressalvas à menção
a métodos de planejamento familiar e ressaltou a família como indispensável ao
desenvolvimento. Já a União Europeia e o Peru ressaltaram que queriam um
documento mais ambicioso, mas consideraram o texto um avanço.