No dia 1º de fevereiro de 1974, cerca de 200 pessoas
perderam a vida no maior incêndio de São Paulo. A tragédia do Joelma causou um
grande impacto e importantes mudanças na capital paulista
O incêndio do edifício Joelma, no centro de São Paulo,
completa 40 anos neste sábado.
O maior incêndio da história de São Paulo deixou
191 mortos, mais de 300 feridos e uma ferida na metrópole que passou a olhar
com mais atenção para a segurança em edifícios em caso de incêndios.
Tudo começou com um curto-circuito em um aparelho de
ar-condicionado localizado no 12º andar do prédio, por volta das 9h do dia 1º
de fevereiro de 1974. Em poucos minutos, os materiais inflamáveis do prédio
provocaram a propagação imediata das chamas, atingindo os demais andares, até o
topo do edifício.
As escadas de emergência, no centro do prédio, logo ficaram
intransitáveis por causa da fumaça e das chamas que tomaram conta de
praticamente todo o edifício. O que se viu nas horas seguintes parecia uma
operação de guerra.
Mudanças na lei
O episódio causou um grande impacto na cidade, tanto que em
pouco tempo, a administração municipal propôs uma mudança radical na
fiscalização dos prédios em construção. A partir de então, São Paulo teria uma
regulação mais detalhada sobre a prevenção de tragédias como a que assolou o
Joelma.
Mistério
A morte de quase 200 pessoas de forma tão violenta também
fez aparecer lendas urbanas e histórias sobrenaturais envolvendo os espíritos
das pessoas que morreram no incêndio. A história do terreno do Edifício Joelma
já é carregada de muitos mistérios, desde o século XVIII, quando escravos
supostamente seriam castigados e mortos no local.
Mais tarde, em 1948, após uma séria de mortes o terreno
passou a ser conhecido como o local do Crime do Poço e, após o incêndio,
relatos de eventos sobrenaturais tomaram conta do que hoje é chamado de
Edifício Praça da Bandeira.