Por Bruno Rafael Costa
Uma reclamação constante das mulheres nos dias de hoje é que
os homens desaprenderam a serem homens. De certa forma, elas consideram que o
homem, em geral, perdeu um pouco da sua hombridade característica. Não sabe
exercer o papel que lhe cabe na relação com o sexo oposto. Sim meu camarada, as
mulheres sentem falta do macho alfa na sociedade. Sem esse grau de hombridade o
macho alfa se torna o famigerado banana.
O que seria o banana? É aquele cidadão que abriu mão de
exercer o papel de homem na relação. Certamente você conhece algum casal no
qual o homem da relação é a mulher e a mulher da relação é o homem. “Ah, mas
eles são felizes assim, isso é o que importa”, é o que os amigos ao redor
dirão. Mas todos sabemos que não é assim que as coisas devem funcionar.
Inclusive a mulher do banana e o próprio banana.
A verdade é que este tipo de homem teme a mulher. A mulher
moderna trabalha, faz faculdade, faz pós-graduação, é poliglota, tem o próprio
carro, frequenta academia, viaja sozinha pelo mundo, recebe vencimentos iguais
ou maiores ao do homem e muitas exercem funções de chefia nas organizações em
que trabalham. Atualmente, as mulheres são protagonistas na maioria dos lares
brasileiros.
Aqui cabe uma pequena observação. Por muito tempo a mulher
foi subjugada e considerada inferior ao homem, até no aspecto legal. Ainda hoje
alguns países restringem alguns direitos essenciais ao homem e relegam a mulher
a um papel secundário, de importância menor. O estupro conjugal não constitui
crime sujeito à ação penal em mais de 50 países, por exemplo. Portanto, a
independência alcançada pela mulher resulta de uma luta árdua e justificada.
A mulher moderna é o resultado do triunfo auferido nessas
batalhas. Ela se tornou independente até mesmo na questão relacional. Há
aquelas que têm parceiros fixos (em todos os sentidos) e, aparentemente, não
têm necessidade de compromisso.
Aparentemente precisam do homem como mera ferramenta para concepção ou
prazer. Sim meu amigo, apenas aparentemente. Dissertemos a respeito.
A despeito de toda a independência conquistada pela mulher,
ela ainda necessita da presença, da proteção e do cuidado do macho alfa. Isso é
inerente à natureza feminina. Por isso, nobre leitor, não seja um banana. Não
seja um “miguxo”. Não seja um “BFF.” Não seja o bonzinho que simplesmente faz
todas as vontades como um cachorrinho obediente. Seja amigo. Seja até o melhor
amigo da mulher, mas seja o amigo macho alfa. Ainda que não tenha interesse
nela. E seja o homem do seu namoro ou do seu casamento.
É claro que nós homens gostamos de fazer agrados às
mulheres. Diria que 90% das atitudes dos homens têm como finalidade indireta
impressionar alguma(s) mulher (es). Academia, carro, bens materiais, música,
roupas, corte de cabelo, calçados, escalada do Monte Everest, ida à lua, vale
tudo. Também é inerente ao homem fazer algumas vontades específicas da mulher
como assistir comédia romântica, acompanhar novelas e realizar desejos
alimentícios da digníssima em horários inusitados, faz parte. A diferença é que
enquanto o macho alfa toma a iniciativa nessas ações, o banana simplesmente
acata o que é dito pela mulher.
Essa é a chave do papel do homem. Nós devemos chamar a responsabilidade.
Somos nós que devemos ligar. Nós devemos pagar a conta. Nós devemos chamar pra
sair. Nós devemos buscar em casa e levar de volta. Nós devemos propor o que
deve ser feito. Devemos agir com companheirismo e cavalheirismo no
relacionamento com a mulher. É claro que a autoestima sobe quando uma mulher
toma atitude e faz essas coisas, não vou negar. Mas não pode se tornar regra.
Ela pode até dizer que não precisa. Faça assim mesmo. Você pode ser mais baixo do que ela receber
salário menor ter menos bens móveis e imóveis. Não importa, mantenha a posição
de homem do relacionamento. Mesmo a mulher mais independente precisa de alguém
que exerça o papel do homem na sua vida. Nesse aspecto, nada mudou.