Por mais de
32 mil anos, os cães têm sido fiéis companheiros do ser humano, vivendo,
comendo e respirando enquanto ele passava de morador das cavernas a construtor
de cidades. leia a matéria e acompanhe como foi a 7.a Cãominhada de Monte Verde, com organização do Dr. Flavio, Lourdes, os veterinários, Dr. Marcio e Dra. Rosana e demais organizadores.
Nesse
tempo, o planeta perdeu nossos primos mais próximos e muitos argumentam nosso
maior competidor: o Neandertal, que havia ocupado o território que hoje é a
Europa por 250 mil anos.
Agora, um
antropólogo sugere que estes dois fatos possam estar relacionados e foi à amizade
próxima entre seres humanos e companheiros caninos que pesou a favor do homem
moderno.
O
pesquisador Pat Shipman afirma que as vantagens de um cão domesticado foram tão
fundamentais para a evolução do homem que o fez ‘derrotar’ as espécies primatas
competidoras.
Shipman
analisou os resultados de escavações de ossos fossilizados de canídeos da
Europa, do tempo quando humanos e Neandertais se sobrepuseram.
A pesquisa,
primeiramente, estabeleceu um quadro para as relações do melhor amigo do homem.
Ela constatou que humanos primitivos acrescentavam dentes caninos a jóias, o
que demonstra como os animais eram venerados. Além disso, eles raramente eram
representados nas imagens das cavernas – o que indica que os cães eram tratados
com uma reverência maior do que a dispensada aos animais caçados.
As
vantagens que os cães deram ao homem primitivo foram enormes os próprios
animais eram maiores do que os cachorros modernos, sendo pelo menos do tamanho
de um pastor alemão.
Em razão
disso, eles poderiam ser usados como animais de carga, levando carcaças de
animais e suprimentos de um lugar ao outro, deixando que os humanos reservassem
suas energias para a caça.
Em retorno,
os animais ganhavam calor, comida e companhia, ou, como Shipman descreve, “um
círculo virtuoso de cooperação”.
Os cães
também podem ter tido influência em como os seres humanos se comunicam.
Cachorros e humanos são os únicos animais que têm grandes “brancos nos olhos”,
e que seguem o olhar de outra pessoa. Essa característica não foi encontrada em
outras espécies, o que pode significar que, com a evolução da relação
homem-cão, ambos teriam aprendido a usar pistas não verbais com mais
frequência.
Assim,
cachorros se tornaram uma das primeiras ferramentas que a humanidade começou a
usar, e a relação se desenvolveu de ambos os lados, se tornando muito arraigada
em nossa psique.
E,
antigamente, quando qualquer vantagem era necessária para sobreviver, o
Neandertal pode, simplesmente, ter sido incapaz de lidar com as novas espécies
que se moviam rapidamente pela Europa. “Os cachorros não foram um incidente na
nossa evolução em Homo sapiens, eles foram essenciais para ela. Eles são
o que nos fizeram humanos”, garante Shipman.