quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PAPA FRANCISCO É A PERSONALIDADE DO ANO DA REVISTA ‘TIME’

Francisco é o terceiro papa a receber a distinção, depois de João XXIII, em 1962, e João Paulo II, em 1994.
A revista Time escolheu o Papa Francisco como sua Personalidade do Ano nesta quarta-feira, 11. De acordo com os jornalistas da revista americana, o papa, eleito no início do ano após a renúncia inesperada de seu antecessor, Bento XVI, foi à figura mais influente do mundo nos últimos 12 meses.
No início desta semana, a Time reduziu os finalistas a 10, depois a cinco. O papa eventualmente derrotou o delator da NSA Edward Snowden, o presidente sírio Bashar Assad, o senador texano Ted Cruz e a ativista dos direitos homossexuais Edith Windsor.
“O que torna este papa tão importante é a velocidade com que ele tem capturado a imaginação de milhões de pessoas que tinham desistido de ter esperanças na Igreja”, escrevem os jornalistas Howard Chua-Eoan e Elizabeth Dias na reportagem de capa da Time. “Em questão de meses, Francisco elevou o poder de cura da Igreja.”
A revista vem elegendo uma Personalidade do Ano desde 1927, quando deu o prêmio a Charles Lindbergh, o primeiro piloto a atravessar o Atlântico em voo solo e sem escalas.

Desde então, a capa anual da revista tem sido estampada com pacifistas globais, presidentes americanos, magnatas do Vale do Silício, ditadores e conceitos mais  amorfos como “o manifestante” e “o planeta ameaçado”.
A intenção dos editores não é louvar as personalidades selecionadas, mas reconhecer a influência dessas pessoas na mídia e nos acontecimentos do ano. Isso explica por que Adolph Hitler foi à capa em 1938.
OS MÉRITOS DO PAPA
Francisco tem sido fonte inesgotável de notícia em 2013. Depois que o papa Bento anunciou sua renúncia em fevereiro, tornando-se o primeiro a
desistir do papado em 600 anos, a Igreja elegeu o cardeal Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, interrompendo uma longa linhagem de papas europeus. Desde então, Francisco vem pautando as discussões globais sobre religião, mostrando-se tolerante com a homossexualidade e a liderança de mulheres nas igrejas, bem como colocando enorme ênfase na reforma financeira do Vaticano. Ele também vem combatendo a desigualdade e a pobreza em todo o mundo.
Tudo isso influenciou na sua escolha para Personalidade do Ano. Ele é o terceiro papa a receber o prêmio, depois de João Paulo II em 1994 e o Papa João XXIII, em 1962.