quinta-feira, 1 de maio de 2014

REDES SOCIAIS TÊM GANHADO CADA VEZ MAIS IMPORTÂNCIA NO CENÁRIO POLÍTICO

Facebook foi o maior responsável pela participação nas manifestações e acena com grande influência para as eleições deste ano.

As redes sociais têm assumido um papel cada vez mais importante e influente em todo o mundo. Se, nos Estados Unidos, foi ferramenta fundamental para a eleição do presidente Barack Obama e, no Egito, instrumento imprescindível para o movimento que pôs fim ao regime ditatorial de Hosni Mubarak, no Brasil, elas também cumprem função bastante relevante, consideradas como o principal meio de articulação da sociedade para a realização das inúmeras manifestações populares que ocorreram no país em junho passado.

A maioria das pessoas que participou das recentes manifestações – 60,7% – tomou conhecimento por meio do Facebook, de acordo com a 114ª pesquisa CNT/MDA. Bem mais atrás, situam-se sites de notícias, com 38,5%, WhatsApp, 3,3%, E-mail, 2,5%, SMS, 2,5%, e outras redes sociais, como Twitter, 2,5%, e Instagram, 1,3%.

Segundo o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade, isso reflete uma mudança de paradigma. “A gente percebe que o marketing nas redes sociais, por meio das próprias pessoas, tem um peso muito superior ao marketing tradicional”, afirma. Para ele, as redes sociais continuarão com forte atuação.

Outro dado importante é que 62,1% dos entrevistados acreditam que os protestos continuarão nas ruas e nas redes sociais. Além disso, 79,2% consideram as redes sociais muito influentes para a formação da opinião pública. Apenas 9,8% acham que são pouco influentes e menos ainda, 2,9%, pensam que as redes sociais não influenciam.

Numa projeção para as eleições presidenciais de 2014, novamente grande parte da população, 64,9%, avalia que tanto os protestos das ruas como os das redes sociais vão interferir na decisão do eleitor. Uma pequena parcela, 7,7%, acha que não vai influenciar nas eleições.

Hoje, no Brasil, de acordo com a pesquisa, 20,2% utilizam computador e internet em casa e no trabalho. Mais da metade, 62,7%, tem computador em casa e 37,3% acessam a internet diariamente. Em relação aos blogs de notícias, fonte alternativa de informação, 23,5% disseram acessar sempre. Quase metade dos entrevistados, 46,2% respondeu ter ou acessar o Facebook. Entre as redes sociais, o Facebook é, portanto, a rede social mais utilizada hoje no país.

Para Clésio Andrade, as redes sociais representam hoje um “novo marketing”. Segundo ele, as pessoas que não participaram dos protestos nas ruas participam de alguma forma das manifestações nas redes sociais.

O levantamento apontou que 84,3% das pessoas aprovaram os protestos nas ruas e que 11,9% participaram, de fato, das manifestações. Outros 29,7% responderam não ter participado, mas que têm intenção de participar. Mas 58% disseram não ter participado e não ter a intenção de se integrar aos protestos.

Ana Rita Gondim/Agência CNT de Notícias