Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou uma
operação para monitorar a internet. O governo destacou oficiais de inteligência
para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a
movimentação dos manifestantes.
A decisão de montar a equipe, de acordo com o jornal O
Estado de S.Paulo, se deve a uma crise ocorrida entre assessores da presidência
da República e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Como as
manifestações não têm líderes assumidos o trabalho de infiltração fica
prejudicado. Dessa forma, o trabalho de inteligência do Exército está focado
nas redes sociais, 24 horas por dia.
Com a eclosão da crise, o potencial das manifestações passou
a ser medido e analisado diariamente pelo Mosaico, um sistema online de
acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI,
general José Elito.
Nos relatórios, os oficiais da agência tentam antecipar o
roteiro e o tamanho dos protestos, infiltrações de grupos políticos e até
supostos financiamento dos eventos.
O Alto Comando do Exército, que reúne os generais mais
graduados da ativa, se reuniu e fez um balanço das manifestações. A reunião foi
presidida pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri (foto), com a
participação dos comandantes das oito regiões militares do país e concluiu que
não existe segurança de que haverá um esfriamento dos protestos, informou a
Folha de São Paulo.
Todas as informações apuradas pelos agentes infiltrados
foram repassadas ao ministro da Defesa, Celso Amorim, que deverá ser encaminhada
à presidente Dilma Rousseff.