Foi lançado na manhã de ontem (15), em Cachoeira Paulista
(SP), o projeto Conectar, que busca levar o sinal de internet às comunidades
distantes dos centros urbanos por meio de balões equipados com um sistema de
comunicação. O equipamento de tecnologia aeroespacial, testado com sucesso, é
uma das apostas do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) para ampliar o
acesso à rede mundial de computadores no país.
O teste do Aeróstato Brasileiro de Banda Larga (ABBL),
desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), foi
realizado por volta das 11h no pátio do instituto. Equipado com transceptores,
o balão foi içado a 240 metros de altura, conectando-se por rádio a um ponto
fixo no município e a um veículo.
Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco
Antonio Raupp, e das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da Telebrás,
Caio Bonilha, acompanharam o teste.
Já no auditório, a conexão gerada pelo balão propiciou a
realização de duas teleconferências via Skype, uma a 2,5 quilômetros (km) e
outra a aproximadamente 30 km do Inpe.
Os ministros foram convidados a participar da
teleconferência e conversaram com uma equipe do instituto instalada na sede da
Canção Nova, em Cachoeira Paulista, e com outra em Passa Quatro (MG).
CONEXÃO
A qualidade da conexão foi elogiada pelo ministro Raupp. Ele
ressaltou que, caso novos testes comprovem a eficácia e viabilidade do
dispositivo, ele poderá ser uma importante ferramenta para a ampliação do
acesso à internet no país. “O sucesso deste primeiro teste evidencia que vale a
pena investirmos em tecnologia nacional. Espero que o projeto continue
avançando para que futuramente colabore para as regiões mais afastadas, como
por exemplo, a amazônica, terem um eficaz sinal de internet”, disse.
Um dos pontos destacados durante o evento foi a importância
da parceria entre governo federal, CPqD e empresas especializadas, para o
desenvolvimento da iniciativa.
De acordo com o coordenador do projeto no Inpe, José Ângelo
Neri, o equipamento tem potencial para colaborar consideravelmente com o PNBL.
“Através do balão, a conexão em banda larga usando radiofrequência atinge uma
maior área de cobertura em comparação às torres convencionais. Assim, essa
alternativa pode ser feita com custo competitivo em relação às tecnologias
existentes, além do sinal ser até melhor”, destacou.