quarta-feira, 13 de abril de 2011

PRODUÇÃO DE HELICÓPTEROS COLOCA BRASIL ENTRE GIGANTES MUNDIAIS

A partir de 2012, País começa a fabricar nova geração de aeronaves para as Forças Armadas em parceria com empresa franco-alemã.
Em 2012, o Brasil começará a produzir uma nova geração de helicópteros militares e poderá ter uma das quatro maiores empresas mundiais do setor. De tecnologia franco-alemã, os EC 725 serão montados em Itajubá (MG), com investimento total de R$ 420 milhões. As Forças Armadas receberão 50 modelos até 2020, ao custo de 1,8 bilhão de euros.

A produção brasileira do EC 725 será feita pela Helibras. A fabricante nacional de helicópteros – única na América Latina – é controlada pela multinacional franco-alemã Eurocopter, que possui unidades de negócios na França, Alemanha e Espanha. A expectativa é de que a fábrica brasileira produza tanto quanto as empresas instaladas nos países associados.

Como haverá transferência de tecnologia, o grupo não quer que a Helibras fique restrita à produção militar e já foca em áreas como segurança pública, petróleo e gás. O próximo passo para atrair o mercado será a construção de um simulador de voos no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, a Helibras responde por 4% do faturamento total da Eurocopter, cuja receita anual é estimada em 170 milhões de euros.

As três primeiras aeronaves da frota foram apresentadas na 8ª edição da LAAD Defence & Security, na capital carioca. A feira de equipamentos de segurança e defesa também reúne produtos para o mercado governamental – Polícia, Bombeiros e Forças Armadas.

Os novos modelos pretender dar agilidade no transporte de tropas para operações militares e de busca e resgate. “Também serão usados no controle da chamada ‘Amazônia azul’, onde ficam nossas reservas petrolíferas”, afirma o almirante Júlio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha.

A produção nacional existe desde 1978, mas o Brasil só fabrica helicópteros AS 550, conhecidos como “Esquilos”. O modelo é bastante utilizados pelas polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.

De acordo com especialistas, as quatro maiores empresas mundiais são a Eurocopter, Agusta (Itália), Sikorsky (EUA) e Bell (EUA). A parceria entre Helibras e Eurocopter foi impulsionada em 2008, com a criação da Estratégia Nacional de Defesa pelo governo brasileiro. Atualmente, 11% do valor agregado nos três modelos EC 775 entregues às Forças Armadas são nacionais. Significa dizer que equivale ao percentual de peças e componentes fabricados pela indústria brasileira. Por contrato, até 2020, o Brasil terá de projetar e construir seu primeiro modelo com 50% de “valor agregado” nacional.

“Esses helicópteros são os mesmos usados pela Petrobras para levar funcionários às plataformas de petróleo. Porém o deles é um modelo civil, EC225. As aeronaves militares serão adaptadas”, afirmou Sérgio Roxo, gerente de vendas militares da Helibras. “Os do Exército, por exemplo, receberão duas metralhadoras laterais. Os da Marinha vão carregar mísseis. Todos terão um sistema de defesa passiva, que detecta ataques externos.”

quinta-feira, 7 de abril de 2011

TRAGÉDIA: HOMEM INVADE ESCOLA NO RIO E MATA 11 CRIANÇAS

Ao ser atingido por um tiro disparado pela polícia, Wellington Menezes de Oliveira se matou com um tiro na cabeça

Doze pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas na manhã desta quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo relações-públicas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Evandro Bezerra. De acordo com a Polícia Militar, um homem, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a instituição de ensino por volta das 8h e disparou contra alunos e funcionários.

Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os mortos estão dez meninas, um menino e o autor dos disparos. Os feridos - dez meninos e três meninas - foram encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e Hospital Central da Polícia Militar.

A direção da escola informou que o homem - que era um ex-aluno - se passou por um palestrante para entrar na instituição de ensino. A escola está completando 40 anos e alguns ex-alunos têm ido ao local dar depoimentos aos atuais estudantes. Segundo testemunhas, Wellington estava com duas armas e munição profissional. Com o início do barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.


Quando estavam indo para o terceiro andar da escola, o atirador teria se deparado ainda dentro da escola com um sargento da Polícia Militar. O soldado participava de uma blitz na região para apreender vans piratas quando foi avisado por duas crianças feridas. O policial teria pedido para Wellington se render. Como o mesmo não respeitou, o sargento deu um tiro no abdômen do suspeito. Logo depois, o atirador caiu e se matou com um disparo na cabeça. "A tragédia poderia ter sido pior", avaliou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 400 alunos do Ensino Fundamental com idades entre 9 e 14 anos estudam na escola municipal no turno da manhã. Por conta do ocorrido, a movimentação foi intensa na manhã desta quinta-feira em frente à instituição de ensino. A rua onde fica localizada a escola segue interditada e policiais militares do 14º BPM (Bangu) estão no local. Ainda não há informações sobre o que teria motivado o crime. O atirador não tinha antecedentes criminais.

O subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informou que Wellington deixou uma carta antes de praticar o crime. No documento, que foi entregue à Divisão de Homicídios da Polícia Civil, o homem relatou que era portador do vírus HIV. "Na carta, ele dava indícios de que era uma pessoa desequilibrada. Em alguns trechos, escreveu que não tinha mais vontade de viver e citou os nomes de alguns professores e alunos", contou o subprefeito.

O carteiro Ercílio Antunes, de 44 anos, mora em frente à escola e estava indo para o trabalho quando o tiroteio teve início. "Ouvi muitos gritos e disparos. Logo depois, surgiram crianças correndo e entraram na minha casa, que estava com a porta aberta. Elas estavam chorando, amedrontadas e sujas de sangue. Pensei em ir ao colégio, mas ao ouvir mais disparos, eu voltei. Poderia ter sido outra vítima", relatou