domingo, 30 de outubro de 2011

MACHADO/MG. VEREADOR INSCRITO NO BOLSA FAMÍLIA PERDE O CARGO.

Com um salário de mais de R$ 3.000,00 quando era Presidente da Câmara recebia apenas R$ 68,00 de bolsa família e foi cassado.


O vereador Paulo Sérgio Teodoro, do município de Machado no Sul de Minas, perdeu o cargo e foi condenado junto com sua mulher, Márcia Aparecida Passos Teodoro, a devolver R$ 10 mil aos cofres públicos por improbidade administrativa. O casal recebia indevidamente benefícios do Programa Bolsa Família, do Governo federal. A decisão em primeira instância é do o juiz da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude, Fernando Antônio Tamburini Machado.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP-MG), o vereador e sua mulher estiveram na Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social em novembro de 2006 e se cadastraram no programa. Na época, Paulo Sérgio Teodoro era servidor público municipal e declarou renda bruta de R$ 525 para uma família com cinco pessoas.

De acordo com o documento apresentado pelo MP, o casal recebeu os benefícios entre setembro de 2009 e janeiro de 2010. Nesse período, Paulo Sérgio Teodoro, que já havia assumido o cargo público, com mandato até 2012, tinha assumido também a presidência da Câmara, com um salário de R$ 3.023,11.

Para o juiz Fernando Antônio Tamburini Machado, ficou comprovada a conduta fraudulenta do vereador e de sua esposa. O magistrado destacou ainda que o benefício de R$ 68 não representava um aumento significativo à renda familiar dos acusados, o que torna a conduta do casal ainda mais reprovável. “Essa postura revela uma intenção típica daqueles que objetivam ocupar um cargo público com o exclusivo propósito de tirar vantagem, até mesmo nas pequenas coisas, nos atos mais mesquinhos”, acrescentou.

Além da multa no valor de R$ 10 mil, o juiz determinou também a suspensão dos direitos políticos do vereador pelo prazo de cinco anos, a proibição de contratação pelo Poder Público, assim como proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

JUSTIÇA CASSA MANDATO DE TRÊS VEREADORES DE BORDA DA MATA-MG

Eles são acusados de usar combustível em nome da prefeitura no período eleitoral


Por: EPTV.COM

Três vereadores de Borda da Mata, no Sul de Minas, tiveram os mandatos cassados pela Justiça. Quatro suplentes também não poderão assumir os cargos deles na Câmara Municipal. Perderam os cargos os vereadores Vivalde Raimundo da Silva (PT), Benedito Delfino de Mira (PMDB) e Luiz Carlos Pinheiro (PMDB).

Segundo as investigações do Ministério Público, eles são acusados de usar combustível pago pela prefeitura para fazer campanha eleitoral em 2008. As denúncias também envolvem o ex-prefeito do município, Benedito Cobra Filho. A investigação foi comandada pela promotora de justiça, Maria Regina Capelle, que estava à frente do caso desde 2008.

Segundo as investigações, por intermédio do então prefeito de Borda da Mata, sete candidatos ao cargo de vereador abasteciam os carros usados nas campanhas eleitorais em um posto de combustíveis, com o dinheiro da prefeitura. Nas notas fiscais emitidas pelo posto e apreendidas, uma sigla foi a peça chave para a abertura do processo. As letras "P" e "M", que significariam "Prefeitura Municipal". Segundo o MP, pelo menos R$ 30 mil foram desviados.

O Ministério Público deve agora entrar com uma ação penal pedindo a prisão de todos os envolvidos, inclusive o ex-prefeito. Benedito Cobra Filho afirma que não há provas de que o abastecimento de carros de candidatos e eleitores era feito via prefeitura.