terça-feira, 29 de março de 2011

CURITIBA INAUGURA O MAIOR ÔNIBUS DO MUNDO

Com 28 metros e capacidade para 250 passageiros, ônibus é chamado de Ligeirão azul. Objetivo é diminuir tempo de viagem
A prefeitura de Curitiba (PR) inaugura, nesta terça-feira(29), dia do aniversário de 318 anos da cidade, o maior ônibus biarticulado do mundo, que foi batizado de Ligeirão azul.

Com prioridade nos semáforos e menos pontos de parada, ônibus têm como objetivo reduzir tempo de viagem

Ele tem 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, 80 a mais que os ônibus comuns, que possuem 170 lugares.

Conforme informações da Prefeitura, o sistema Ligeirão faz parte de um sistema de linhas diretas que transitam apenas em vias exclusivas e com um número menor de paradas do que o expresso tradicional da cidade (biarticulados vermelhos). Como não param em todos os tubos e têm prioridade nos semáforos, os ônibus Ligeirão reduzem o tempo de viagem.

O veículo também tem sinal luminoso para indicar a abertura das portas, o que beneficia especialmente pessoas com dificuldade de audição, além de plaquetas em braile indicando o nome da linha colocadas nos braços e encostos dos bancos reservados a portadores de deficiência, idosos e gestantes.

Outra novidade é que o Ligeirão azul vai operar só com biocombustível à base de soja - o que reduz em 50% a emissão de poluentes - e dispõe de sensores que lhe garantem a prioridade nos semáforos.

Melhorias

Segundo a Prefeitura, serão 24 biarticulados azuis, que vão substituir os articulados vermelhos das linhas Pinheirinho-Carlos Gomes (da Linha Verde) e Ligeirão Boqueirão.

O Ligeirão Boqueirão, que completa um ano, reduziu em 15 minutos o tempo de viagem entre o bairro e o centro. Hoje, o trajeto de 20,5 quilômetros é feito em 20 minutos. O intervalo entre os ônibus, em horário de pico, é de cinco minutos. São cinco paradas, enquanto o expresso normal faz 19 paradas.

ALCKMIN SINALIZA REAJUSTE DO PEDÁGIO PARA JUNHO

Tendência é que seja adotado o IPCA em substituição ao IGP-M.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sinalizou nesta segunda-feira (28) que será definida em junho a alteração do indicador de reajuste dos preços dos pedágios de rodovias estaduais, dias antes da data de ajuste anual, em 1º de julho.

Após evento, na capital paulista, o governador não garantiu se será adotado um índice específico que leve em consideração os custos relativos a rodovias, o que vem sendo estudado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A tendência do governo estadual, caso não seja criado a tempo o novo indicador, é de que seja adotado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em substituição ao IGP-M (Índice Geral de Preço do Mercado).

A alteração implicaria em mudanças nos 12 primeiros lotes de estradas que passaram para o empreendimento privado na década de 1990. Na semana passada, o governador havia dito que a Secretaria de Transportes e Logística de São Paulo procuraria as empresas concessionárias para negociar a criação do novo indicador.

- O IGP-M é um índice da década de 1990. Nós queremos ou o IPCA ou um índice que retrate o conjunto dos custos de operação.

Dos 18 contratos de concessão de rodovias estaduais, seis deles, os mais recentes, já são ancorados pelo IPCA.

quarta-feira, 23 de março de 2011

MANGARATIBA/RJ: TIME REAL MANGARATIBA COMEMORA 3 ANOS DE EXISTÊNCIA

Equipe master jogará partida comemorativa contra o Campo Grande

O Real Mangaratiba completará no dia 29 de março próximo 3 anos, a equipe nesse curto período de existência, disputou dois campeonatos, o de Máster em 2009 onde foi vice-campeão, o de Veterano em 2010 onde ficou na 4ª colocação e disputou também o torneio de verão em 2010 onde sagrou-se campeão em cima de seu maior rival, o Village de Muriqui. O presidente do Real Mangaratiba, Jorge Vaz, recebeu a reportagem da Vale Sul e nos concedeu entrevista.
Vale Sul: Presidente, como foi criado o Real Mangaratiba?

Jorge Vaz: Como bom brasileiro, gosto e pratico futebol desde criança e não me vejo ainda longe das quatro linhas, daí tive a idéia de criar uma equipe de futebol master, para que nos fins de semana pudesse reunir os amigos para jogar e nos divertirmos em um ambiente familiar. O Real Mangaratiba é uma família.

Vale Sul: Nesse curto período de existência do Real Mangaratiba, qual foi o momento de maior emoção e alegria?

JV: Foram vários momentos. Só em você ver a alegria que meus companheiros tem em vestir a camisa do Real Mangaratiba me deixa emocionado e essa emoção podemos resumir em três etapas, primeiro quando enfrentamos a equipe Master do Fluminense com Deley, Marco Antonio, Niélsen, Rubens Gálaxe e Duílio em plena Laranjeiras e vencermos de 4 a 3. Segundo quando enfrentamos o Master do Flamengo no estádio de Itacuruçá, e empatamos em 3 a 3, o Flamengo cheio de craques como Adílio, Julio César “Uri Gueller”, Nunes, Nélio, Rondinelli, Renato Carioca, Bigú, Piá, Gilmar Popoca entre outros e nessa ocasião arrecadarmos meia tonelada de alimentos que foram repassados a Secretaria de Ação Social. Terceiro quando enfrentamos o Master do Vasco no estádio da Praia do Saco, esse jogo nós perdemos por 2 a 1, o Vasco veio com o goleiro Márcio e o zagueiro Alex Pinho que encerraram a carreira profissional a pouco tempo, Vivinho, Galdino, Paulinho Pereira, Elói, jogadores que fizeram história no futebol. Lembro que no dia anterior, a equipe profissional do Vasco havia conquistado o Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão e mesmo assim o meu amigo e Presidente do Vasco Roberto Dinamite compareceu para prestigiar o evento e ficou para a confraternização. Acho que esses foram, até agora, os momentos mais marcantes na curta história do Real Mangaratiba.

Vale Sul: Sabendo de sua amizade com o Presidente do Vasco, Roberto Dinamite, você não pensa em profissionalizar o Real Mangaratiba para disputar a 3ª Divisão do Carioca?

JV: O Roberto é meu amigo de longas datas e você sabe disso e esse projeto de profissionalização do Real Mangaratiba já passou pela minha cabeça sim, é uma possibilidade, mas vamos aguardar mais um pouco, ver como as coisas vão se encaminhar, tenho certeza que terei nele um parceiro caso isso aconteça.

Vale Sul: Qual a próxima competição que o Real Mangaratiba irá disputar?

JV: Fomos convidados para disputar o campeonato de Itaguaí, estamos aguardando a data, assim como também o início do campeonato de Mangaratiba. Convites para amistosos não nos faltam.

Vale Sul: Falando em amistosos, das quatros equipes grande do Rio de Janeiro, Flamengo, Fluminense e Vasco o Real Mangaratiba já enfrentou, falta o Botafogo, quando será esse confronto?

JV: Estive conversando sobre esse confronto com o Demétrio, ex-jogador do Botafogo e em breve estaremos marcando um jogo aqui em Mangaratiba, mas no dia 03 de abril estaremos enfrentando, no estádio de Conceição de Jacareí às 11h, o Master do Campo Grande, equipe também tradicional do Rio de Janeiro, o jogo será em comemoração ao 3º ano do Real Mangaratiba que nesse curto período de existência representou com orgulho e dignidade o município de Mangaratiba nas competições e jogos contra as equipes tradicionais do Brasil.

Vale Sul: Em Mangaratiba, qual é a equipe de maior rivalidade do Real Mangaratiba?

JV: Com certeza é o Village de Muriqui, que é treinado pelo meu amigo Douglas, pela qualidade de seus jogadores, sempre que nos enfrenta é jogo duro, mas até o momento o Real leva vantagem nos confrontos.

Vale Sul: Parabéns Jorge Vaz e todo o Time do Real Mangaratiba e seus colaboradores... Sucesso a todos em 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

LÍBIA ATRAPALHOU FOCO DE VISITA DE OBAMA AO BRASIL

Estudioso americano diz que resultado de viagem foi 'decepcionante'.
Tensão no país de Kadhafi teria disputado atenção do presidente dos EUA.
A pauta da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil foi prejudicada pelo início das ações da coalizão aliada na Líbia, avalia Peter Hakim, presidente emérito do instituto de pesquisa Inter- American Dialogue. “Houve uma distração enorme porque o presidente Obama estava sempre sensível com o que estava acontecendo na Líbia e as decisões que tinha que tomar", disse ele, que é um dos mais respeitados analistas das relações entre EUA e as Américas.

Hakim definiu a visita do presidente norte-americano ao Brasil neste fim de semana como decepcionante, mas ao mesmo tempo promissora. A decepção é justificada pois, na opinião dele, não houve avanços significativos e nenhum acordo de peso foi firmado. Hakim explicou que isto aconteceu “basicamente porque o presidente Obama já saiu de Washington sem nada concreto para oferecer, sem uma definição clara sobre temas importantes”.

Para ele, tanto o presidente Obama quanto a presidente Dilma Rousseff evitaram falar de temas polêmicos e focaram muito mais em questões econômicas do que nos grandes temas geopolíticos e nos maiores desafios, como a questão do Irã e dos programas nucleares.

Conselho de Segurança

“Os EUA ainda não estão levando o Brasil completamente a sério”, disse Hakim. O estudioso acredita que o Brasil tem que mostrar que mudou em relação ao Irã e precisa completar alguns passos para conseguir o apoio público dos EUA para obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “As declarações do presidente Obama sobre esta aspiração brasileira ainda são muito vagas e indefinidas”, analisou.

Hakim afirmou que ainda é prematuro prever uma mudança de atitude do novo governo brasileiro e que ainda não há indicação de uma grande mudança em relação à política externa. "O Brasil tem uma característica em sua política internacional que é o alto grau de continuidade”, disse.

Por outro lado, o estudioso também viu um aspecto promissor na viagem. Para ele, a visita foi muito positiva para a relação pessoal dos dois presidentes. “Eles tiveram um bom papo” e para a diplomacia pessoal deles a visita foi importante.

Sobre o futuro, Hakim falou que Brasil e os EUA precisam aceitar que vão ter choques de idéias mais frequentes e aprender a tolerar o conflito de interesses. Para o especialista, as divergências são inevitáveis e vão acontecer cada vez mais, principalmente porque o Brasil está chegando agora no "topo da montanha" das relações internacionais. “Devemos esperar choques”, concluiu.

sábado, 19 de março de 2011

OCIDENTE LANÇA OFENSIVA CONTRA FORÇAS DE KADAFI NA LÍBIA

EUA, França e Reino Unido realizam ataques contra forças do país; 112 mísseis americanos e britânicos atingem 20 alvos
As forças aliadas entraram em ação neste sábado para impedir que as forças do líder líbio, Muamar Kadafi, mantenham seu ataque contra o reduto rebelde de Benghazi, no leste do país. EUA, Reino Unido e França bombardearam alvos na capital da Líbia, Trípoli, e em Misrata com o objetivo de implementar a zona de exclusão aérea prevista pela resolução do Conselho de Segurança da ONU de quinta-feira.

Em visita oficial ao Brasil, o presidente dos EUA, Barack Obama, confirmou os EUA começaram uma ação "militar limitada" no país. Ao mesmo tempo em que disse estar "ciente dos riscos para as forças dos EUA", afirmou que o mundo tem de agir quando Kadafi não cumpre com sua declaração de cessar-fogo e continua com sua ofensiva contra os rebeldes. Em pronunciamento gravado, o líder americano também reiterou que os EUA não usarão tropas terrestres no país.

Na sexta-feira, Obama já havia subido o tom com Kadafi: "Deixe-me ser muito claro: Esses termos (do Conselho de Segurança da ONU) não são negociáveis. Se ele não acatar, a comunidade internacional imporá conseqüências", afirmou.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também confirmou a participação de aviões do Reino Unido.

Os EUA e o Reino Unido dispararam 112 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra 20 alvos do país a partir de submarinos e navios posicionados no Mar Mediterrâneo, informou o Pentágono. O objetivo do ataque foi destruir a defesa antiaérea de Kadafi nas cidades de Misrata e na capital, informaram fontes do Pentágono.

Aviões da França começaram a operação na tarde deste sábado, anunciou o Ministério da Defesa francês, que ressaltou que a missão pretende garantir a implementação da zona de exclusão aérea e evitar ataques contra a população civil. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a ação acontece para impedir que as forças do governo líbio ataquem o reduto rebelde de Benghazi. Em meio aos ataques, a TV estatal líbio alegou que áreas civis foram atingidas na ação.

Thierry Burkhard, coronel do Estado-Maior do Exército francês, indicou em que um dos caças franceses envolvidos nas operações fez "um disparo por volta das 17h45 contra um veículo militar". Citando fontes dos rebeldes, o canal de televisão "Al-Jazeera" disse que os caças franceses Rafale destruíram pelo menos quatro tanques, sem dar mais detalhes.

A ação começou horas depois de líderes ocidentais e árabes terem se reunido em Paris para chegar a um acordo sobre a ação para confrontar Kadafi. "Nossa Força Aérea se oporá a qualquer agressão", disse Sarkozy, que previamente havia anunciado que aviões franceses já sobrevoavam a Líbia.

Sarkzoy confirmou as operações militares na Líbia após uma reunião extraordinária em Paris sobre a crise no país africano. O encontro contou com a presença de 22 representantes de governos e de organizações internacionais (ONU, Liga Árabe e União Africana).

O clima de urgência da cúpula aumentou após informações de que Benghazi continuou sendo palco de enfrentamentos apesar de um cessar-fogo anunciado pelas forças do regime líbio. Neste sábado, um avião caça chegou a ser abatido e caiu, em chamas, sobre Benghazi. "Se não houver um cessar-fogo imediato, nossos países recorrerão a meios militares", advertiu Sarkozy, após o encontro.

O presidente francês afirmou que Kadhafi "desdenhou" do ultimato da comunidade internacional, "intensificando seus ataques assassinos nas últimas horas".

Sinal verde

Na quinta-feira, a ONU adotou a resolução 1.973, que instaura uma zona de exclusão aéra na Líbia para proteger os civis de bombardeios e autoriza os Estados membros a tomarem "todas as medidas necessárias" para proteger os civis dos ataques, excluindo a possibilidade de envio de forças de ocupação estrangeiras.

"Nossas forças se oporão a todas as agressões", disse Sarkozy. "Nossa determinação é total", acrescentou o líder francês. O presidente francês afirmou que "todos os meios necessários, particularmente militares serão aplicados para garantir o respeito das decisões do Conselho de Segurança da ONU".

O governo líbio anunciou um cessar-fogo na sexta-feira, mas desde o princípio os rebeldes e líderes da comunidade internacional se mostraram reticentes em relação ao anúncio. Neste sábado, a reportagem de BBC em Benghazi testemunhou a entrada de tanques das forças do coronel Khadafi na cidade. A agência de refugiados da ONU, Acnur, diz que está se preparando para receber 200 mil pessoas que tentam se afastar dos combates.