sábado, 18 de setembro de 2010

REAL MANGARATIBA FATURA TORNEIO DE INVERNO DE FUTEBOL MASTER


Torneio de Inverno de Futebol Master, realizado dia 12 de setembro, no Estádio José Maria de Brito Barros , na Praia do Saco em Mangaratiba.

O Real Mangaratiba sagrou-se campeão do Torneio de Inverno de Futebol Master no último dia 12, no Estádio José Maria de Brito Barros em Mangaratiba, o torneio foi disputado, pelo Real Mangaratiba, Village, Itaguaí e Muriqui. No 1o jogo do torneio a equipe do Village derrotou a do Itaguaí por 4 a 2, depois de sair perdendo o 1o tempo por 2 a 0, o Village impôs um rítimo mais forte e virou o placar, classificando-se para a final do torneio. Guilherme (2), Quinha e Thomé marcaram para o Village e Sebastião (2) marcou para a equipe de Itaguaí. No 2o jogo Real Mangaratiba e Muriqui fizeram uma partida bem disputada, tendo prevalecido o melhor preparo físico da equipe do Real e um melhor entrosamento de sua equipe, com uma defesa bem postada com Gilson, Ricardo Lara e Zé Carlos Aguiar, o meio campo municiava bem os três atacantes, Jorge Vaz, Zia e Valério que a todo momento incomodavam a defesa do Muriqui. Zia (3) e Valério marcaram para o Real, descontando Wilson para o Muriqui, finalizando em 4 a 1 para o Real Mangaratiba que assim chegava também a final do torneio.

FINAL

Como sempre, quando se enfretam, Real Mangaratiba e Village fizeram um jogo bastante disputado, não faltando disposição a seus jogadores que davam tudo de si para a conquista da vitória e consequentemente o título do torneio. Como fez o 2o jogo, os jogadores do Real Mangaratiba, encontrava-se mais desgastado fisicamente do que o do Village, assim a equipe laranja começou o jogo com um domínio maior, enquanto o Real apenas usava os contra-ataques para ameaçar o adversário e esse domínio durou todo o 1o tempo, apesar do empate em 0 a 0. Na 2a etapa, o Real equilibrou um pouco mais o jogo, mas quem saiu na frente foi o Village, que depois de um chute de fora da área do meia Quinha, a bola bateu na trave e nas costas do goleiro Piu do Real e entrou, 1 a 0 Village. Mesmo atrás do marcador, o Real continuava apenas saindo nos contra-ataques e num desses, após roubada de bola no meio campo, o atacante Valério foi lançado pela direita, passa pelo marcado e na linha de fundo cruza e encontra Jorge Vaz na área, o atacante escora de chapa encobre o goleiro Marmello, a bola ainda bate no travessão e entra, era o empate do Real Mangaratiba, 1 a 1. Esse resultado permanece e o jogo vai para disputa de pênaltis. Após empate em 4 a 4 na 1a fase das batidas, a 2a fase começa com o zagueiro do Village Marreta chutando para cima, o também zagueiro Zé Carlos Aguiar do Real desloca o goleiro e dá o título do torneio ao Real Mangaratiba.
Classificação Final do Torneio de Inverno de Futebol Master
Campeão: Real Mangaratiba
Vice-Campeão: Village
3o Colocado: Itaguaí
4o Colocado: Muriqui
Artilheiro: Guilherme (Village) e Zia (Real Mangaratiba) com 3 gols cada
Goleiro Menos Vazado: Piu (Real Mangaratiba) com 2 gols sofridos.

Após a final do torneio, foi realizado um churrasco de confraternização para as quatro equipes. Organizador do evento, o presidente do Real Mangaratiba, Jorge Vaz, parabenizou todas as equipes que participaram do torneio, assim como seus familiares e amigos que vieram prestigiar o evento. "Quero agradecer, de coração, a todas as equipes, seus jogadores, treinadores e dirigentes, assim como seus familiares e amigos que vieram até aqui e torceram por suas equipes nesse torneio, mesmo debaixo de uma temperatura bem elevada, demostraram garra e empenho para que suas equipes saíssem vitoriosas. Não houve perdedores, todos saíram vitoriosos, ganhamos todos". Finalizou Jorge Vaz.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

EXPOSIÇÃO NO CINEMA EM RESENDE DESTACA FAZENDAS DA ÉPOCA DO CAFÉ



A Prefeitura de Resende/RJ, através da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, abriu dia 15 as 9 horas, a exposição “Ouro Verde Fluminense”, que reúne 28 painéis destacando as fazendas de café que fizeram história no Vale do Paraíba. Na foto, uma das fazendas de Barra Mansa produtoras de café na época, a Rochinha.

A exposição poderá ser visitada até o próximo dia 30, de segunda a sexta, das 9 horas ao meio-dia e de 14 às 17 horas, no saguão do Cine Vitória, localizado na Praça Oliveira Botelho, no Centro Histórico de Resende. A entrada é gratuita.
As imagens da exposição foram captadas pela lente do fotógrafo Nikson Salém, que percorreu toda a região do Vale do Café, registrando as fazendas que resistiram ao tempo, com seu olhar artístico e documental.
O projeto é uma realização do SESC Rio (Serviço Social do Comércio), e chega a Resende após percorrer outras cidades da região.
Segundo o presidente da Casa da Cultura Macedo Miranda, André Whately, o visitante da exposição, “além de contemplar belas imagens das fazendas, terá contato também com as sementes de café torrado”.
- A história do café na região é muito importante, afinal, o chamado ‘Ouro Verde’, tornou-se o centro da economia colonial até o final do século XVIII. Resende foi a cidade que iniciou este importante ciclo no Brasil - enfatizou Whately, acrescentando que outras informações a respeito da mostra poderão ser obtidas pelo telefone (024) 3354-6732.

TREM DA ESTRADA REAL EM PARAÍBA DO SUL


Visitantes e moradores de Paraíba do Sul podem conhecer pontos históricos da cidade com o passeio Trem da Estrada Real. O percurso tem 14 quilômetros e sai da Estação Ferroviária no Centro de Cultura em direção a Cavaru. Passando pela ponte giratória segue até a ponte Dr. Leopoldo Teixeira Leite de construção inglesa datada de 1895, popularmente conhecida como "Ponte Preta".
Depois de passar pelos bairros Jatobá, Bela Vista, Vila Salutaris e Inema, os passageiros fazem a primeira parada na Estação Ferroviária de Werneck onde encontrarão produtos artesanais, cerâmica, doces típicos da região e orquidário. Em seguida, o percurso passa pela área rural do município em direção a Estação de Cavaru localizada junto ao vilarejo com antigo armazém, igreja, uma cafeteria e venda de produtos artesanais. Depois de fazer o giro na rotunda, a máquina retornará em direção ao centro da cidade. Cada passeio tem a capacidade para 48 pessoas.
Confira os horários do Trem da Estrada Real:
Sábados: 14h30min
Domingos: 10h e 14h30min
Feriados: 10h
Nos dias de semana, somente para grupos fechados. Contato para reservas :
(Secretaria de Desenvolvimento Turístico): (24) 2263-2368.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

“INDEPENDÊNCIA OU MORTE” TEM MUITA FICÇÃO, ASSIM COMO GRITO DE DOM PEDRO I



A pintura exposta no Museu Paulista, no bairro do Ipiranga: liberdade para criar história brasileira.
Uma tela gigantesca, de 4,15m de altura por 7,60m de comprimento, mostra um valente Dom Pedro I erguendo sua espada no ar, às margens do riacho Ipiranga, acompanhado por uma tropa de alazões e oficiais bem alinhados, a declarar a independência do Brasil de Portugal. É o quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, hoje no acervo do Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga. O ano da cena era 1822. O resto, quase tudo ficção.
Por que, mais de meio século depois do rompimento com Portugal, a monarquia se interessou em resgatar esse pedaço da história? De acordo com a historiadora Cecília Helena de Salles Oliveira, diretora do Museu Paulista e autora do livro O Brado do Ipiranga, as elites e os intelectuais tinham interesse em eternizar esses momentos para a configuração da nacionalidade. O século 19 é rico na chamada pintura histórica, tanto aqui – a primeira missa no Brasil, em 1500, só virou quadro em 1860, pelos pincéis de Victor Meirelles – quanto no exterior – “Coroação de Napoleão”, de Jacques Louis David, é um dos marcos da nacionalização francesa.
Era, também, uma tentativa da sociedade de registrar seu tempo, já que, do contrário, provavelmente os fatos cairiam no esquecimento. O próprio Pedro Américo fala sobre isso em um folheto que escreveu ao concluir sua pintura: "é preciso conter a voracidade do tempo e tornar imortal algo que as gerações atuais não viram”. No mesmo espaço, tenta justificar as liberdades que teve ao imortalizar em tinta a rebeldia de Dom Pedro – "a realidade inspira, e não escraviza o pintor".

Ninguém sabe ninguém viu.

As liberdades, aliás, foram várias. Para começar, os numerosos oficiais de branco e penacho nunca poderiam ter sido tantos. “[Pedro Américo] aumentou muito esse número. A guarda do imperador só foi organizada meses depois. Ele quis fazer uma encenação de caráter público para uma decisão que nunca poderia ter sido dada publicamente, que ninguém viu, já que estava a nove quilômetros do centro da cidade, no meio de um arrabalde, onde não havia nada”, afirma a professora.
Por isso, os simpatizantes da independência e correligionários de Dom Pedro dificilmente estariam ali. No canto direito, inclusive, há um senhor de cartola empunhando um guarda-chuva como se fosse uma espada. Uma lenda afirma que se trata de um tio de Pedro Américo, homenageado pelo pintor, mas a historiadora afasta essa possibilidade. “É mais para ornamentar a tela, para dizer que não apenas os tropeiros, mas a população civil também se envolveu no assunto.”
Também à direita está uma casa, que, atualmente, tombada pelo patrimônio histórico e ainda de pé, é conhecida como Casa do Grito. A questão é que o primeiro registro que se tem dessa construção é de 1884, às vésperas de Pedro Américo visitar a região, ou seja, ela não estava lá durante a passagem do então príncipe. “Em decorrência do quadro, aquela casa de pau a pique conseguiu sobreviver a todas as destruições que São Paulo testemunhou. A casa que Pedro Américo viu é muito mais recente, colocou ali para dar um fundo. Na cabeça dele, como Dom Pedro poderia ter declarado a independência no meio do sertão, sem nada?”

Esse arrabalde onde “não havia nada” era o final da estrada que ligava o planalto de São Paulo à Estrada de Santos. Era uma rota muito utilizada por tropeiros e pelo comércio, já que mercadorias e escravos desembarcavam no porto, e também muito difícil, subindo sinuosa, quente e mal-pavimentada por entre a Serra do Mar. “Exigia um esforço imenso e um dia inteiro de viagem, às vezes até dois. Não tinha cavalo que aguentasse subir aquilo rapidamente, por isso se usavam mulas”, conta Cecília. Ao invés de um belo corcel, portanto, é certo que Dom Pedro estava sobre um burrico.
Para piorar, dificilmente o futuro imperador estaria animado para qualquer ato heroico. Uma diarreia o atormentava desde a saída de Santos, por conta de seus excessos à mesa no dia anterior, e obrigava a comitiva a parar a todo instante. No fim da viagem, nem repouso ou reuniões políticas – em São Paulo, Dom Pedro resolveu ir ao teatro.

Grito não aconteceu.

As cores da independência, portanto, tinham um tom bem diferente da paleta escolhida por Pedro Américo. De certa forma, essa fantasiosa versão oficial acompanha o próprio mito da independência brasileira. “Tudo indica que aquele episódio, romanceado, não aconteceu.” A diretora do Museu Paulista ressalta, por exemplo, que a separação de Portugal aconteceu de fato em junho de 1822, quando foi convocada uma assembléia constituinte. Em setembro, Dom Pedro veio a São Paulo especialmente para pedir apoio dos produtores locais.

“Dom Pedro não era consensual, não tinha condição política para declamar a independência se não tivesse o aval de São Paulo, uma província muito importante. Precisava de apoio político, tropas e armas”, explica. O próprio grito não aconteceu: a expressão “independência ou morte” surgiu de uma carta escrita por Dom Pedro no dia 8 de setembro. “Prezados paulistas, independência ou morte é o nosso lema, mas estamos longe de conquistá-lo. Espero vosso apoio e vossa lealdade”, diz o texto.

Mesmo assim, o quadro “Independência ou Morte” é uma das peças mais valiosas e emblemáticas da história nacional. Está prevista para os próximos anos, inclusive, uma restauração da pintura, afetada pela poluição da capital. Seria uma oportunidade até, segundo Cecília, de descobrir as técnicas utilizadas por Pedro Américo para realizar a pintura, que espanta por ser uma tela inteira, sem emendas.