Festa vai passar longe do centro histórico por causa do risco de desabamento
Com menos gente, a cidade também deverá faturar menos neste ano. Sem a festa do ano passado, a cidade deixou de ganhar R$ 20 milhões, valor que corresponde ao orçamento anual da cidade, segundo o diretor de turismo da cidade, Eduardo de Oliveira Coelho.
- Nos anos anteriores, tínhamos uma média de 45 mil pessoas por dia, mas, para este ano, nossa expectativa é de 10 mil a 20 mil pessoas por dia.
Mesmo esperando menos gente que o normal, Coelho afirma que a cidade é um “canteiro de obras” e está pronta para receber os foliões.
Até agora, segundo o diretor de turismo, estão empenhados na reconstrução da cidade mais de R$ 200 milhões, dos quais cerca de R$ 180 milhões já foram usados.
- Algumas coisas já foram reerguidas, como a infraestrutura do comércio local, bancos, hotéis, pousadas e restaurantes. A capela das Mercês [levada pela água] já começou a reconstrução e a previsão de entrega é para ainda este ano ainda. A igreja matriz [também destruída pela enchente] vai entrar na segunda fase de reconstrução. A primeira parte foi o salvamento de todas as peças e santos, que foram restaurados. Foi quase um trabalho de arqueologia, peneirando toda a terra.
Carnaval longe do centro
Neste ano, a festa vai passar longe dos monumentos e casarões históricos de São Luiz do Paraitinga. A medida, segundo o diretor de turismo, foi tomada em conjunto com a Polícia Militar para prevenir acidentes, já que ainda há prédios que ameaçam desmoronar.
- O carnaval será descentralizado do centro histórico porque a cidade está sendo reconstruída, o que pode representar um risco para os moradores e visitantes.
Ao todo, o Carnaval de São Luiz do Paraitinga terá 26 blocos, que vão levar o público para um local específico da cidade, onde a festa vai continuar. Esse trajeto será feito fora do centro histórico.
