A terapeuta holística Conceição Fittipaldi explica as raízes do mito, que abrange cristianismo, religiões pagãs e até império romano.
A sexta-feira 13 é um dia que mexe com o imaginário popular. A superstição fica ainda maior quando ela cai no mês de agosto. Para explicar o porquê deste mito, a terapeuta Conceição Fittipaldi (foto) fala sobre as origens do mito.
“Muitas pessoas têm muito cuidado nesse dia. Principalmente dentro do cristianismo. Na Última Ceia eram 12 discípulos, com Jesus, 13. Como Judas o traiu, era como se ele fosse o 13º indesejado. Nas religiões pagãs, nórdicas, nós temos um banquete realizado pelos deuses, que Loki, o deus do fogo, não foi convidado e apareceu de repente, como intruso, e falou das infidelidades das mulheres dos deuses. Ele também foi o 13º. Podem ser duas raízes da tradição”.
Explicado o número, a terapeuta contou as razões para o mito em relação ao dia da semana: “na sexta-feira nós temos a morte de Jesus. O dia é ligado à morte e ao sacrifício. Na Inglaterra, antigamente, as sextas-feiras eram os dias que as pessoas eram enforcadas, e davam 13 passos em direção à morte”.
MÊS de AGOSTO
Para completar, o mês de agosto: “ele é visto como o mês de azar. Primeiro, ele começou quando Augusto, com inveja do imperador de Roma Júlio César (julho), quis também ter um mês para ele, com seu nome (agosto). Ele já começou mal, pela inveja, arrogância. Aqui no Brasil, existe a tradição de agosto ser o mês dos Exus, considerados por católicos e protestantes, em geral, maus espíritos. Não é verdade, eles são mensageiros entre o céu e a terra”.