quinta-feira, 22 de março de 2012

ESTUDO REVELA QUE A MAIORIA DAS PREFEITURAS GASTA MAL O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE

A forma como as prefeituras brasileiras gastam o dinheiro dos contribuintes começou a ser acompanhada por um Índice da Federação das Indústrias.

A primeira pesquisa mostrou que a maioria dos municípios tem dificuldade pra fechar as contas.

Cabe aos municípios melhorar a vida dos brasileiros. Educação, saúde, ruas asfaltadas.

E para isso, as mais de cinco mil cidades do país juntas administram R$ 300 bilhões.

Orçamento maior do que possuem países como Argentina e Chile juntos.

A avaliação usou os números fornecidos pelas prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional.

As notas são o resultado de quanto cada município arrecada, como gasta, a capacidade de pagar as dívidas e de investir em melhorias.

A maioria das cidades (64%) recebeu as piores notas, ou seja, tem situação fiscal difícil ou crítica.

Apenas 2% (95 cidades) ganharam a nota mais alta, porque mostraram excelência na gestão dos recursos.

Um grande orçamento e milhões de habitantes não são garantias de saúde financeira. Municípios pequenos tiveram resultados melhores do que algumas das maiores cidades do país. Somente três capitais ganharam a nota mais alta.

Nas regiões Sul e Sudeste ficam 81 dos 100 municípios com as melhores notas

Já no Nordeste estão 85 dos 100 últimos colocados.

E o principal motivo para esta diferença é o gasto com a folha de pagamentos.

Ao todo, 277 das 384 prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. A região Nordeste tem a maior concentração de prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. Ela estipula um teto de 60% do orçamento para gastos com pessoal.

Ao todo, 98% das prefeituras dependem de repasses dos governos dos estados e de recursos federais para pagar funcionários.

"Esse dado é grave. O estudo mostra necessidade de a sociedade acompanhar esses gastos com maior lupa, assim como os governantes levarem em consideração despesas e receitas dos municípios pra que a gente tenha uma gestão publica mais eficiente", diz Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Federação das Indústrias do RJ.